domingo, 14 de junho de 2009

um dedo de prosa poética: juventude feliz

Engraçado... não sinto tristeza pela juventude que se foi... Talvez, porque não alimente a sensação de que a tenha perdido, mas apenas que passou... como tudo na vida. O que não fiz quando jovem, não me incomoda, talvez, porque tenha sido fiel aos meus desejos e,o que não concretizei, talvez não valesse mesmo a pena ter sido realizado... O que fiz me basta.
Namorei.
Fui namorada.
Beijei.
Fui beijada.
Jurei.
Juraram-me.
Amei.
Fui amada.
Chorei.
Fui chorada.
Sofri.
Fiz sofrer.
Sonhei.
Fui sonhada.
Apanhei.
Bati.
Supliquei.
Suplicaram por mim.
Apaixonei-me.
Desencadeei paixões.
Fugi.
Fugiram de mim.
Encontrei-me.
Encontraram-me.
Criei a vida dentro de mim.
Ofereceram-me razão de viver.
Sonhei de novo... sim, sonhei de novo, sempre!
Nunca permiti que me tirassem a capacidade de sonhar...
E, principalmente, SORRI muito, muito mesmo!!!
Sabe... tenho boas lembranças da minha juventude...

Sílvia Mota.
Prosa poética.
Rio de Janeiro, 2 de agosto de 2002.

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